O papel da assessoria de imprensa e as fake news
Vivemos uma era em que a informação circula com velocidade inédita — e, junto com ela, as inverdades. As chamadas fake news, antes restritas a boatos de corredor ou correntes de e-mail, hoje são publicadas, compartilhadas e comentadas em escala global, muitas vezes com aparência de conteúdo legítimo.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Cláudia Costa
7/11/20252 min ler


O papel da assessoria de imprensa e as fake news
Por Cláudia Costa
Vivemos uma era em que a informação circula com velocidade inédita — e, junto com ela, as inverdades. As chamadas fake news, antes restritas a boatos de corredor ou correntes de e-mail, hoje são publicadas, compartilhadas e comentadas em escala global, muitas vezes com aparência de conteúdo legítimo. Nesse cenário, a assessoria de imprensa ganha ainda mais relevância como ponte entre as organizações e a sociedade, promovendo informação qualificada, confiável e checada.
A função da assessoria de imprensa vai muito além de emplacar matérias ou garantir visibilidade. Em tempos de desinformação e ceticismo em relação à mídia tradicional, o assessor precisa atuar como guardião da reputação e da verdade, oferecendo conteúdo embasado e contribuindo para a construção de uma narrativa coerente, ética e transparente.
Essa atuação estratégica se desdobra em três frentes principais:
1. Produzir informação confiável
O assessor de imprensa é, antes de tudo, um produtor de conteúdo. Releases, notas oficiais, artigos e entrevistas devem ser construídos com dados verificáveis, fontes confiáveis e contexto claro. Isso evita distorções e ajuda os veículos a trabalhar com informações confiáveis em um ambiente já saturado de desinformação.
2. Ser o elo de confiança entre marca e imprensa
O bom relacionamento com jornalistas e veículos de mídia segue sendo um ativo valioso. Ao manter uma postura profissional, transparente e disponível, o assessor ajuda a reafirmar a credibilidade do cliente junto à imprensa. Isso faz diferença quando a empresa se vê envolvida em polêmicas ou precisa se posicionar publicamente.
3. Atuar de forma preventiva em situações de crise
Fake news podem afetar empresas, marcas e figuras públicas de maneira devastadora. Uma assessoria preparada antecipa cenários de crise, constrói protocolos de resposta rápida e prepara porta-vozes. Quando a crise estoura, é a assessoria que ajuda a conter os danos com comunicados oficiais, articulação com a mídia e alinhamento interno — tudo isso com foco em recuperar a confiança da audiência.
Agora vem a grande pergunta: como combater as fake news na prática? Para isso, algumas atitudes podem ser tomadas: monitoramento constante de menções e notícias envolvendo a marca; checagem rigorosa de fatos e informações antes de qualquer publicação ou posicionamento; educação do cliente sobre o impacto de discursos irresponsáveis e o valor da informação bem construída; estreitamento de laços com jornalistas, oferecendo pautas consistentes e confiáveis; comunicação direta com o público, quando necessário, usando canais próprios (site, redes sociais, newsletter) para esclarecer boatos.
Em resumo, a assessoria de imprensa, hoje, não é apenas uma área de comunicação, mas também uma ferramenta de defesa reputacional. Em tempos de fake news, polarização e crise de credibilidade nas instituições, quem atua com informação de qualidade, diálogo transparente e visão estratégica se torna ainda mais essencial para empresas, organizações e para a própria sociedade.
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