Como fazer follow-up com jornalistas sem prejudicar o relacionamento

Na rotina de assessoria de imprensa, o follow-up é uma das etapas mais estratégicas — e também das mais sensíveis. Depois do envio de um release ou sugestão de pauta, o contato com jornalistas pode ser decisivo para garantir espaço na mídia. Mas até que ponto o reforço de uma informação ajuda, e em que momento ele passa a ser visto como insistência?

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Cláudia Costa

9/10/20252 min ler

Como fazer follow-up com jornalistas sem prejudicar o relacionamento

Por Cláudia Costa

Na rotina de assessoria de imprensa, o follow-up é uma das etapas mais estratégicas — e também das mais sensíveis. Depois do envio de um release ou sugestão de pauta, o contato com jornalistas pode ser decisivo para garantir espaço na mídia. Mas até que ponto o reforço de uma informação ajuda, e em que momento ele passa a ser visto como insistência?

O volume de e-mails que um jornalista recebe diariamente é enorme. Muitas vezes, mesmo uma pauta relevante pode se perder na caixa de entrada. O follow-up, nesse sentido, funciona como um lembrete educado, chamando atenção para uma sugestão que pode ter sido ignorada por excesso de demandas, não por falta de interesse.

Quando bem feito, o follow-up mostra organização, pró-atividade e ajuda o profissional de imprensa a encontrar histórias alinhadas ao que busca.

Porém, o erro mais comum é acreditar que quanto mais vezes o jornalista for lembrado, maiores são as chances de publicação. Na prática, o excesso de mensagens ou ligações pode surtir o efeito contrário: o repórter ou editor passa a enxergar o assessor como inconveniente, o que prejudica não apenas uma pauta específica, mas o relacionamento a longo prazo.

Seguem algumas dicas para saber quando é hora de recuar: se o jornalista informou que não tem interesse na pauta, se já foram feitas duas ou três tentativas de contato sem retorno, ou se o assunto perdeu o timing e não faz mais sentido editorial.

Dicas para um follow-up eficiente na imprensa

• Respeite o timing da pauta – se for um evento ou dado factual, o contato precisa ser rápido. Para pautas frias, o prazo pode ser maior.

• Varie a abordagem – se já enviou um e-mail, tente uma ligação ou mensagem curta no WhatsApp, sempre com objetividade.

• Seja relevante – em vez de repetir o release, destaque o que é mais noticioso ou ofereça um porta-voz exclusivo.

• Conheça a rotina do jornalista – evite horários de fechamento de jornal ou revista, quando a redação está sobrecarregada.

• Saiba encerrar – se não houve interesse, agradeça o retorno e mantenha o canal aberto para próximas oportunidades.

Em suma, o follow-up não deve ser visto como uma cobrança, mas como parte de uma relação profissional. Quando feito com respeito, timing e valor, ele fortalece a imagem do cliente e do próprio assessor, criando confiança junto à imprensa.

Foto:Crédito Icons8 Team via Unsplash