As mudanças na assessoria de imprensa na era digital
A assessoria de imprensa tem evoluído drasticamente ao longo das últimas décadas, especialmente com o advento da era digital. Anteriormente, os assessores dependiam fortemente de meios tradicionais, como rádio, televisão e jornais impressos, para disseminar informações e interagir com jornalistas.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Cláudia Costa
3/12/20254 min ler


A assessoria de imprensa tem evoluído drasticamente ao longo das últimas décadas, especialmente com o advento da era digital. Anteriormente, os assessores dependiam fortemente de meios tradicionais, como rádio, televisão e jornais impressos, para disseminar informações e interagir com jornalistas. No entanto, a digitalização transformou esse cenário, trazendo novas ferramentas, novas plataformas e, consequentemente, novas formas de relacionamento com a mídia e com o público em geral. Veja a seguir as principais mudanças que ocorreram na assessoria de imprensa com o impacto da era digital.
Fim do monopólio da mídia tradicional
Na era pré-digital, os jornais, revistas, rádios e canais de TV detinham o poder de filtrar e disseminar informações. Os assessores de imprensa precisavam passar por esses meios para alcançar o público. Com a chegada da internet e das redes sociais, a forma como a informação circula mudou completamente. Agora, qualquer pessoa ou empresa pode ser sua própria fonte de conteúdo, publicando diretamente em blogs, redes sociais, sites e outras plataformas. Isso criou uma nova dinâmica, onde jornalistas e assessores de imprensa não são mais os únicos intermediários entre as marcas e o público. As empresas têm mais controle sobre sua própria marca.
Velocidade da informação
Com a digitalização, a velocidade da disseminação de informações aumentou exponencialmente. Notícias podem ser compartilhadas globalmente em questão de segundos, e o ciclo de notícias se tornou mais curto e, por vezes, mais frenético. Isso exige que os assessores de imprensa se adaptem a novos ritmos e operem com maior agilidade. Com isso, a assessoria de imprensa precisa ser mais proativa e ágil. Em vez de esperar por uma publicação em um jornal impresso de amanhã, os assessores de imprensa agora monitoram constantemente as redes sociais e plataformas de notícias para se antecipar aos acontecimentos. Isso também significa que eles devem estar preparados para emitir comunicados e posicionamentos rápidos, especialmente em crises de imagem, onde a resposta ágil pode fazer toda a diferença.
As redes sociais
A ascensão das redes sociais transformou radicalmente a forma de comunicação entre empresas, jornalistas e o público. Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn, TikTok e outras plataformas se tornaram veículos de mídia poderosos e imediatos. Ao invés de depender apenas da mídia tradicional para repassar informações, as marcas agora podem se comunicar diretamente com seu público-alvo. Isso permite que assessores de imprensa e empresas criem uma audiência leal, monitorem o sentimento da opinião pública em tempo real e respondam rapidamente a crises ou oportunidades. Além disso, as redes sociais se tornaram um canal importante para promover notícias e interagir com jornalistas, muitas vezes utilizando hashtags e menções diretas.
O surgimento de influenciadores digitais
Os influenciadores digitais, que antes eram apenas uma novidade, se consolidaram como uma poderosa ferramenta para a comunicação de marca. Esses indivíduos, com grandes audiências nas redes sociais, agora desempenham o papel que antigamente era de jornalistas na construção de narrativas sobre marcas e produtos. Agora, assessores de imprensa não apenas lidam com jornalistas tradicionais, mas também com influenciadores de diversas áreas. A gestão de influenciadores passou a ser parte integral das estratégias de comunicação, exigindo habilidades de negociação, alinhamento de interesses e identificação do tipo de influenciador que mais se alinha com os valores da marca.
Uso de dados e análises
Antes da era digital, a medição de resultados de campanhas de assessoria de imprensa era feita de maneira subjetiva, muitas vezes através de clipping de mídia e impacto em termos gerais. Hoje, com o uso de ferramentas de monitoramento e análise, os dados são mais acessíveis, e as métricas são mais precisas. Ferramentas como Google Analytics, ferramentas de monitoramento de redes sociais e plataformas de análise de mídia permitem aos assessores medir com precisão o impacto de suas ações. Métricas como alcance, engajamento, sentimentos e conversões são agora parte do dia a dia da assessoria de imprensa, permitindo ajustes rápidos e eficazes nas campanhas.
Comunicação diversificada
Antigamente, os assessores de imprensa focavam em um número limitado de veículos para disseminar informações: jornais, revistas, rádio e televisão. Hoje, no entanto, a comunicação se dá de forma multicanal e cada plataforma tem suas especificidades. Agora, os assessores precisam pensar em como adaptar sua mensagem para diferentes plataformas, como blogs, podcasts, sites, newsletters e redes sociais. Além disso, a comunicação não se limita a um único tipo de mídia; o conteúdo precisa ser adaptado para vídeo, texto, imagens e infográficos, de acordo com a plataforma e a audiência.
Segmentação
A era digital permite uma segmentação de público mais eficaz. Em vez de enviar um release genérico para toda a mídia, os assessores agora podem personalizar suas mensagens para diferentes públicos, usando dados sobre interesses, comportamentos e preferências. O uso de ferramentas de automação permite que os assessores personalizem seus comunicados e campanhas para diferentes segmentos de público, tornando a mensagem mais relevante e com maior chance de engajamento. Além disso, as plataformas de mídia social oferecem segmentação avançada, permitindo que a comunicação chegue de forma mais precisa aos jornalistas e ao público.
Crédito Foto: Marvin Meyer via Unsplash